quinta-feira, 28 de junho de 2007

OS DEZ MANDAMENTOS (PARTE 10)

Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo
Êxodo 20:17


A cobiça é o amor fora de proporção, fora de equilíbrio e fora de lugar. Significa colocar nossa devoção em “coisas” – dinheiro, sucesso, fama – e transformá-las no centro da nossa existência, crendo que são o fundamento sobre o qual construímos a felicidade. As coisas se tornam mais importantes do que as pessoas e suas necessidades.


Assim como os outros nove mandamentos, o décimo fala não só de atos específicos, mas também de valores e atitudes. Ele é não apenas prescritivo, mas descritivo. Ou seja, não apenas nos diz como comportar, mas descreve como as coisas devem ser e revela quem e como é Deus. Acima de tudo, Deus é Aquele que serve, dá e Se sacrifica com amor abnegado.

Jesus Cristo é o exemplo supremo para nós. Sua vida foi de humilde serviço. Ele “Se esvaziou” e Se entregou sobre o altar do serviço e do sacrifício. Ao fazê-lo, mostrou-nos um exemplo de compaixão para com as pessoas, de amor prático em ação. É isso que move os cristãos e inspira seus valores. Quanto mais perto chegamos da verdadeira obediência aos Dez Mandamentos, mais perto estamos de imitar o caráter de Jesus e de ser como Ele.

A verdadeira religião NÃO se concentra em regras, mas num relacionamento. E encontra o seu centro NÃO em nós mesmos e nosso comportamento, mas em Deus e Seu amor eterno.

Os Dez Mandamentos se tornam, como Deus pretendia que fossem, santos princípios designados para nos auxiliar a evitar erros insensatos e um sofrimento sem fim.

Quando o centro da nossa vida é uma relação de amor com Deus através de Seu Filho Jesus Cristo e da comunhão do Espírito, então os Dez Mandamentos saem das pedras e entram em nosso coração.Uma boa conduta (obediência) que vem só de conhecer o que é certo será superficial e parcial, na melhor das hipóteses (não provém do amor – corre o risco de se tornar legalista). Mas um coração renovado pelo Espírito Santo será capaz de prestar obediência como uma genuína e desinteressada expressão de amor e gratidão para com Deus (consegue compreender que a lei maior é o amor).
Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
Pastoreia a Comunidade Batista Água Viva em Curitiba, Paraná,
é escritor cristão e autor dos Livros "O PODER PASTORAL
e "POSSO SER FELIZ SIM!" da Editora Descoberta.

OS DEZ MANDAMENTOS (PARTE 9)

Não dirás falso testemunho contra o teu próximo
Êxodo 20:16
O rei Salomão diz que os “lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor” (Pv 12:22). Uma “abominação” é algo odioso e revoltante.

O apóstolo Paulo não é menos enfático. Coloca os mentirosos na mesma lista com “parricidas e matricidas”, “impuros” e “raptadores” (1 Timóteo 1:9 e 10). O livro do Apocalipse une-se ao coro, advertindo-nos solenemente de que “o que pratica abominação e mentira” não terá parte na eternidade de Deus (Ap 21:27).

O que há de errado com uma mentirinha de vez em quando? Por que a Bíblia insiste tanto em que se diga a verdade?

1. A mentira destrói a liberdade e a dignidade das nossas vítimas – porque é sempre manipuladora. Mentindo para alguém, retiramos a sua capacidade de escolher racionalmente, de tomar uma decisão e de formar uma opinião com base em informações exatas. Isso significa que estamos tratando as pessoas com desprezo, como objetos a serem trapaceados e enganados para nossos próprios fins egoístas.

2. A mentira danifica a liberdade das pessoas que se envolvem com ela – porque rapidamente se enredam na teia de seu próprio engano e manipulação. Abraão Lincoln disse: “Nenhum homem tem memória suficientemente boa para torná-lo um mentiroso bem-sucedido”. Aqueles que dizem a verdade não precisam se policiar para evitar os buracos que cavaram para si mesmos. Porém, os mentirosos continuam cavando mais fundo ao mentir cada vez mais, na tentativa de cobrir as falsidades anteriores.

3. A mentira destrói a confiança – Às vezes, é possível enganar as pessoas, mas geralmente não por muito tempo. A desconfiança e a suspeita aumentam exponencialmente quando se descobre uma mentira. Ninguém confia num mentiroso. E ninguém é mais desconfiado que um mentiroso. Supõem que todas as pessoas sejam como elas.

4. A mentira destrói nossa relação com Deus – Essa pode ser a menor preocupação de alguém que se esforça para sair de uma enrascada. Mas, no fim, é o efeito mais devastador de todos.

Os cristãos primitivos, assim como as pessoas que seguem o Cordeiro nos últimos dias, entenderam o sentido do nono mandamento. Para eles, não dizer falso testemunho significa dar um testemunho destemido da verdade. E dessa maneira foram dignos seguidores de Jesus, que disse: “Eu sou o caminho, a verdade, e a vida” (Jo 14:6).
Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
Pastoreia a Comunidade Batista Água Viva em Curitiba, Paraná,
é escritor cristão e autor dos Livros "O PODER PASTORAL
e "POSSO SER FELIZ SIM!" da Editora Descoberta.

OS DEZ MANDAMENTOS (PARTE 8)

Não furtarás
Êxodo 20:15
Quero esclarecer o significado da palavra “furto” ou “roubo” e também explorar todos os tipos de furtos ou roubos possíveis.

(1) Furto – O tipo tradicional de furto significa tirar alguma coisa sem o consentimento do proprietário, tomar emprestado e não devolver, apropriar-se de algo sem pagar. (2) Cópia ilegal – Significa fazer uma cópia que prive o autor, artista e editor de seus direitos autorais, quer envolva material impresso, digital ou em qualquer outro formato. (3) Plágio – É apresentar a obra ou as respostas de outra pessoa como se fossem suas próprias, a fim de obter notas ou outros benefícios para si mesmo. (4) Manipulação de informação – Trata-se de obter ganho ou vantagem pessoal mediante o mentir, exagerar ou dizer menos do que toda a verdade. Inclui fraude, trapaça, falcatrua ou qualquer espécie de engano que resulte em dano ou perda a outra pessoa. (5) Calúnia, difamação – Significa privar os outros de sua reputação (bom nome) e do amor, respeito e estima que tem o direito de desfrutar. (6) Relaxamento no emprego – Inclui agir como barata tonta, ser injustificavelmente preguiçoso no horário de expediente, fazer menos do que o seu melhor no trabalho, chegar tarde e sair cedo. (7) Desperdício – É esbanjar ou usar mal o tempo ou material que pertence a outra pessoa. (8) Negligência – Inclui a atitude descuidada e outras formas de comportamento irresponsável que resulte em perda para outra pessoa. (9) Superfaturamento – É especular e cobrar o valor excessivo por algo quando o comprador não tem outra escolha a não ser aceitar. (10) Pagamento insuficiente – Significa pagar menos do que o valor justo por algo, quando o vendedor está em desvantagem. Ou pode envolver menos do que o salário justo quando o empregado está desesperado em busca de emprego. (11) Violência ou negligencia para com crianças – Pais que não cuidam devidamente dos filhos estão furtando deles algo que é seu por direito. Isso pode ser feito por pais ausentes ou viciados em trabalhos, bem como por pais que cometem agressão verbal, física ou sexual. (12) Infidelidade conjugal – Um cônjuge agressivo ou infiel, ou que abandone o lar, priva o companheiro fiel dos direitos outorgados pelo votos matrimoniais, incluindo satisfação sexual, apoio econômico, cooperação na criação e educação dos filhos. O adultério é um dos piores tipos de furto: é tirar algo a que não temos direito e que pertence exclusivamente a outra pessoa. (13) Seqüestro, escravidão, encarceramento indevido (Dt 24:7) – Ao contrário do que você possa crer, isso não é incomum hoje. Mulheres e crianças são traficadas constantemente. (14) Retenção do dízimo – Isso priva alguém da oportunidade de ouvir o evangelho, de encontrar paz, esperança e uma vida melhor.

A primeira regra bíblica contra o furto aparece em Gênesis 3:19 – “No suor do rosto comerás o teu pão”.

O ladrão deseja algo que não conquistou, algo que não é seu, algo pelo qual não tem o direito, não trabalhou para obtê-lo.

O apóstolo Paulo se expressa assim: “Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (Ef 4:28).

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
Pastoreia a Comunidade Batista Água Viva em Curitiba, Paraná,
é escritor cristão e autor dos Livros "O PODER PASTORAL
e "POSSO SER FELIZ SIM!" da Editora Descoberta.

OS DEZ MANDAMENTOS (PARTE 7)

Não adulterarás
Êxodo 20:14

O sétimo mandamento trata de algo muito sério, fala sobre a quebra de algo frágil, mas muito precioso, de muito valor e que é quase impossível de se concertar.

O sétimo mandamento expressa uma lei fundamental da vida, um principio gravado profundamente no nosso coração e na nossa mente. Baseia-se na maneira como somos programados, e não podemos romper isso sem violar algo profundo lá dentro.

No livro de Gênesis (2:21 e 22) encontramos escrito que Deus formou a mulher usando uma das costelas do homem.

Quando Adão viu aquela formosa criatura que se aproximava, teve um senso profundo de identificação lá no íntimo. Ela era parte dele, pois havia se originado de seu próprio corpo. Essa é a razão do incrível impacto que tal experiência produziu nele, levando-o a exclamar: “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne!” Então, o que seria mais maravilhoso e natural para Adão do que segurá-la nos braços, sentir o corpo dela junto ao seu e partilhar com ela o intenso prazer que, segundo o desígnio de Deus, devia acompanhar esse alegre encontro?
Deus planejou e criou a união sexual para que fosse um poderoso instrumento de identificação e união. Dizendo com outras palavras, o sexo é o “superbonder” da alma.

A ciência descobriu uma química poderosa que o corpo libera durante o sexo. Esses elementos químicos intensificam a ligação do casal. Um hormônio chamado oxitocina atua diretamente no cérebro para fortalecer nossa relação e identificação, e seu fluxo aumenta durante a relação sexual.

Jesus e apóstolo Paulo também falam da função unificadora do sexo e que ela opera até mesmo quando não temos a intenção (Mt 19:4-6; 1 Co 6:16).

Embora Deus aceitou que Abraão, Isaque, Jacó, Davi, Salomão e outros tivessem tido mais de uma mulher, a Bíblia é muito clara que essa não é a vontade de Deus para o homem.
Portanto aquele que se une a outra mulher, sendo casado, comete adultério. Entretanto, Jesus disse que o adultério começa onde termina: no coração. “Ouvistes o que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mt 5:27 e 28).

Ele reconheceu que o impulso sexual se origina na mente e que a mente é estimulada pelos sentidos – “olhar para uma mulher com intenção impura”. O sexo mental – fantasias sexuais desenfreadas – pode parecer um prazeroso e inocente passatempo, mas não é. Olhar cenas que excitam o desejo sexual, ouvir ou ler histórias e descrições de sexo, estimulam fortemente essas fantasias. É aí, portanto, que devemos começar a batalha pelo autocontrole.Portanto leve em consideração as palavras do apóstolo Paulo: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4:8).
Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
Pastoreia a Comunidade Batista Água Viva em Curitiba, Paraná,
é escritor cristão e autor dos Livros "O PODER PASTORAL
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OS DEZ MANDAMENTOS (PARTE 6)

“Não matarás”
Êxodo 20:13


Quando Jesus falou a cerca do sexto mandamento, disse: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás... Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra o seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo” (Mt 5:21 e 22).

O que significa isso? Que quando alguém o provoca, se você não consegue controlar seus sentimentos e atos, estará debaixo do mesmo julgamento que o assassino.
Jesus está mostrando que todos nós possuímos um impulso maligno dentro de nós que precisa ser controlado.

A maioria de nós sabe ser legal com aqueles que nos amam e que nos tratam bem. A verdadeira questão é você consegue ser bondoso com alguém que o magoou? Pode realmente amar alguém que o prejudicou?

A Palavra de Deus nos ensina que devemos amar aqueles que nos odeiam, que nos desprezam, que falam mal de nós; e ainda devemos orar por eles (Mt 5:43-48).

Esse ensinamento de Jesus, juntamente com o sexto mandamento é a única maneira pratica e sensível de viver que nos levará a:
· Romper a corrente da violência;
· Obtermos o controle sobre nós;
· Agirmos com responsabilidade.

O perdão genuíno só é possível quando temos plena consciência da profundidade do perdão que recebemos. Isso implica dizer que o sexto mandamento, só poderá ser vivido em seu principio ético e moral, por aqueles que verdadeiramente experimentaram o perdão de Deus.

“O amor é paciente, é benigno;
O amor não arde em ciúmes,
Não se ufana, não se ensoberbece,
Não se conduz inconvenientemente,
Não procura os seus interesses,
Não se exaspera, não se ressente do mal;
Não se alegra com a injustiça,
Mas regozija-se com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Co 13:4-7).

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
Pastoreia a Comunidade Batista Água Viva em Curitiba, Paraná,
é escritor cristão e autor dos Livros "O PODER PASTORAL
e "POSSO SER FELIZ SIM!" da Editora Descoberta.

OS DEZ MANDAMENTOS (PARTE 5)

Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus, te dá
Êxodo 20:12

O quinto mandamento fala da poderosa relação entre pais e filhos. E, por uma boa razão, dirigi-se aos filhos. Nossa relação com os pais, ou mesmo a falta dela, afeta a cada um de nós para o bem ou para o mal até o ultimo dia da nossa vida.
Não podemos alterar a realidade em que nascemos. Nenhum de nós recebeu a oportunidade de escolher os pais. Tampouco podemos mudá-los para que se harmonizem com nossas idéias.
Aos cabem o trabalho de ensinar os filhos no caminho em que devem andar. Eles podem ter realizado seu trabalho com grande habilidade ou com muitos erros; ou, no caso da maioria, com uma mistura dos dois. O que fizeram ou deixaram de fazer exerceu inevitavelmente um impacto sobre nós, mas nunca se pode exagerar ao dizer que somos mais afetados por nossa atitude para com os esforços deles do que pelo método especifico que usaram.
O quinto mandamento trata de nossa atitude para com os nossos pais. O sucesso de nosso relacionamento com nossos pais depende de nossa atitude para com eles.
É claro que junto com este mandamento, está em mente que os pais eduquem os filhos dentro dos princípios ensinados por Deus (Ef 6:4). Não podemos nos esquecer que ninguém pode magoar-nos tanto quanto alguém que nós amamos. As palavras proferidas por nossos pais podem tanto nos edificar ou nos derribar para sempre.
Quando somos chamados a honrar nossos pais, somos chamados a amá-los e tratá-los com respeito. É uma atitude que deve nascer do coração. A obediência que prestamos a nossos pais, não deve ser mecânica como a obediência de uma maquina, mas uma expressão ativa de amor e respeito.
Honrar nossos pais significa que desejaremos que eles se sintam bem porque nós mesmos somos bons. Significa também fazer com que sejam bem-sucedidos em seus esforços para que tenhamos sucesso. O quinto mandamento nos manda tirar as luvas de boxe e sair do ringue, ouvir o conselho deles, falar bem deles e procurar meios de mostrar-lhes nosso apreço e respeito.
Lembre-se: a maior honra que lhe podemos conceder não será por palavras ou por amontoar flores sobre suas tumbas, mas por ser o tipo de pessoa que devemos ser. E a escolha de fazê-lo repousa inteiramente em nossas mãos.

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
Pastoreia a Comunidade Batista Água Viva em Curitiba, Paraná,
é escritor cristão e autor dos Livros "O PODER PASTORAL
e "POSSO SER FELIZ SIM!" da Editora Descoberta.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

OS DEZ MANDAMENTOS (PARTE 4)

O Quarto Mandamento

"Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou..."
Êxodo 20:8-11
A Bíblia diz que no principio a Terra toda estava envolta por uma escuridão impenetrável, água, ar, rochas e terra se agitavam num turbilhão caótico (Gn 1:1 e 2).

Neste primeiro capítulo do livro de Gênesis, encontramos a narração da criação. Podemos perceber que o processo da criação foi um movimento do caos, da desordem para ordem.
Também podemos ver que em cada processo criativo de Deus encontramos uma interrupção no trabalho para um momento de contemplação do criador para com o que acabara de criar (Gn 1:4,10,12,18,21). Mas é no verso 31 que Deus contempla a obra finalizada, acabada, concluída.

Está claro que o descanso do Criador nada te
m a ver com fadiga. É o descanso que vem quando a ordem toma o lugar do caos. É paz que aparece após a tormenta. Deus viu que a terra estava em repouso, tudo estava em ordem, em harmonia; e então descansou; isso não significa que Deus parou de trabalhar, de agir.

Dessa forma, num sentido profundo e significativo, o descanso no sétimo dia é um ato de adoração.

A palavra “sábado” significa, literalmente, “descanso”. Neste dia Deus descansou, isto é, ELE contemplou sua obra. Você já imaginou Deus cansado? Claro que Deus não estava cansado, mas descansado por ver tudo em ordem.

Somos convidados a descansar com ELE no sétimo dia. Convidados a parar no sétimo dia para adorá-LO e contemplar com ELE tudo o que ELE fez e faz por nós.

O sábado é uma mensagem de fé: “Confiem em Mim. Aceitem que realmente tomei providencias perfeitas”.

Mas a grande controvérsia é se devemos guardar o sábado (o sétimo dia da semana) ou o domingo como o dia do Senhor?

Na Palavra de Deus, encontramos os cristãos reunidos em adoração a Deus no domingo e neste dia também tiravam ofertas ao Senhor. Contudo a palavra mais clara sobre a necessidade ou não de se guardar o sábado é dado pelo apóstolo Paulo a igreja de Colossos (Cl 2:16 e 17). Veja o que Paulo fala a respeito daqueles que pregam a guarda da lei em 1 Tm 4:1-4.

Paulo deixa muito claro que o sábado, como os demais dias de festas, era apenas sombra de algo que havia de vir. O mesmo serve para os alimentos.

Portanto ninguém podia exigir dos gentios que guardassem o sábado ou qualquer outra lei dada por Moisés. No primeiro concilio realizado pela igreja em Jerusalém (At 15:29) ficou bem claro que os gentios deveriam apenas se abster das cousas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas.

Devemos guardar um dia de descanso, o shabat, não necessariamente o sábado, mas um dia para contemplarmos nosso Senhor e Salvador.


Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
Pastoreia a Comunidade Batista Água Viva em Curitiba, Paraná,
é escritor cristão e autor dos Livros "O PODER PASTORAL
e "POSSO SER FELIZ SIM!" da Editora Descoberta.

domingo, 18 de fevereiro de 2007

OS DEZ MANDAMENTOS (PARTE 3)

O Terceiro Mandamento

Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão – Êxodo 20:7

Loron Wade, autor do livro OS DEZ MANDAMENTOS, editado pela Casa Publicadora Brasileira, o qual estou extraindo os ensinamentos aqui publicados; ao tratar do terceiro mandamento, se prende mais a questão do batismo do que propriamente a ordem dada por Deus neste mandamento.

Entendendo que o autor procurou mostrar que o nome de Deus só deve ser usado por aqueles que se identificam com ELE por meio do batismo e desta forma confirmam sua filiação celestial.

Não posso deixar de esclarecer que o mesmo ao afirmar que “é através do batismo que adotamos esse santo nome” (cf. pg. 29), comete o erro de transferir ao simples rito do batismo uma verdade adquirida somente através da fé.

Contudo gostaria de me aprofundar nestas poucas linhas sobre o principio que está por trás deste mandamento.

A proibição foi contra o juramento falso, isto é, usar o nome de Deus para atestar uma declaração mentirosa. Também, inclui neste contexto, juramentos frívolos. Tão séria era essa ofensa que de modo algum podia ser perdoada sem punição.

Deus jamais mentirá e jamais se calará diante da injustiça. Aqueles que agem de modo indigno e usam SEU nome como forma de se manterem impunes, um dia prestarão contas a ELE. Este será um dia amargo para estas pessoas, pois diz a Palavra: “... o Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão”.

Infelizmente muitos tomam o nome do Senhor em vão. Jesus disse: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muito milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade” (Mt 7:21-22).

Se pregamos por ganância ou por interesses próprios e não simplesmente por amor a Cristo, usamos o nome de Deus em vão.

Compreenda também que a Palavra de Deus não está proibindo o uso de Seu nome em juramentos, mas adverte que aquele que o usa, não será tido por inocente ao não cumprir seu juramento.

No livro de Levítico, encontramos esta ordem de Deus da seguinte forma: “Nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus: Eu sou o Senhor” (Lv 19:12).

O nome de Jesus foi dado a você que NELE crê. Use-o! Por amor àquele que por você morreu numa cruz e que deseja que assim como você, outros conheçam o SEU amor.ompreenda também que a Palavra de Deus não está proibindo o uso de Seu nome em juramentos, mas adverte que aquele que o usa, não será tido por inocente ao não cumprir seu juramento.

No livro de Levítico, encontramos esta ordem de Deus da seguinte forma: “Nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus: Eu sou o Senhor” (Lv 19:12).

O nome de Jesus foi dado a você que NELE crê. Use-o! Por amor àquele que por você morreu numa cruz e que deseja que assim como você, outros conheçam o SEU amor.

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
Pastoreia a Comunidade Batista Água Viva em Curitiba, Paraná,
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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

OS DEZ MANDAMENTOS (PARTE 2)

SEGUNDO MANDAMENTO

Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque EU sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que ME aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que ME amam e guardam os MEUS mandamentos – Êxodo 20:4-6

O rei Salomão construiu um belo templo em Jerusalém. Quando estava pronto, ele organizou uma comemoração que durou vários dias. Em meio a toda aquela euforia, contudo, ele não perdeu de vista o verdadeiro significado do evento. Durante o evento falou com Deus em oração e disse: “Eis que os céus e até o céu dos céus não TE podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei” (2 Cr 6:18).

Por que o segundo mandamento proíbe fazer ídolos ou imagens para representar Deus? Porque, em primeiro lugar, não importa quão grande os façamos ou quanto de ouro, diamantes ou outras coisas usemos para cobri-los, a única coisa que conseguimos é tornar Deus menor.
Inevitavelmente, nós O reduziremos à dimensão de um conceito meramente humano. E esse é realmente o âmago do problema. Uma imagem mental pobre acerca de Deus é o pecado fundamental que o segundo mandamento procura ajudar-nos a evitar.

Em segundo lugar, qualquer imagem que façamos representam apenas criaturas criadas por Deus. E somos ordenados por Deus a não lhes prestarmos culto, nem adorá-las.

O Salmista escreveu acerca dos ídolos: “Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem” (isto implica também aqueles que os adoram – Sl 115:8). O apóstolo Paulo observou o mesmo fenômeno em seus dias. Disse que os idólatras haviam mudado “a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis (...) pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém” (Rm 1:23,25).

Por isso, disse Paulo, “Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes” (Rm 1:28).

O segundo mandamento é o complemento perfeito do primeiro. As pessoas que tomaram a decisão de colocar a Deus no centro de sua existência não permitirão que qualquer coisa criada ocupe o lugar que pertence somente ao Criador.

Para aqueles que guardam o primeiro e o segundo mandamento, a obediência aos demais será completamente natural. Se amamos a Deus, nosso coração transbordará de amor pelas outras pessoas também.

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
Pastoreia a Comunidade Batista Água Viva em Curitiba, Paraná,
é escritor cristão e autor dos Livros "O PODER PASTORAL
e "POSSO SER FELIZ SIM!" da Editora Descoberta.
Na próxima edição traremos a análise do Terceiro Mandamento.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

OS DEZ MANDAMENTOS (PARTE 1)

Olá a todos...

Sejam bem vindos a esta parte do blog voltada para a edificação através de estudos na Palavra de Deus.

Primeiramente gostaria de dizer que a palavra e"studere", que está no endereço deste blog, é termo em latim o qual dá origem à palavra estudar em português. Pode significar, segundo definições encontradas, "aplicar à inteligencia a", "andar no saber" e, dentre outras, "aprender a conhecer-se". E é exatamente isto que desejamos nesta area de nosso blog. Apresentar estudos que venham levar você a aplicar sua inteligencia para que, no caminhar do saber, aprenda pelo conhecimento da Palavra de Jesus Cristo, a conhecer a si mesmo dentro dos planos eternos do Senhor.

Nosso primeiro estudo, apesar de estar sendo postado mim, Cleber B. Gouveia, tem como autor um de nossos colaboradores, Pr. Cornélio, e está relacionado aos 10 mandamentos. Por isto, aproveite...

ESTUDO


Recentemente ganhei um livro que trata dos 10 mandamentos dado por Deus ao seu povo através de Moisés. Gostaria de compartilhar dos ensinamentos deste livro com você.

O livro começa com a seguinte pergunta: “COMO VOCÊ DESENHARIA A FACE DO MUNDO? Se você quisesse descrever a condição do planeta através de um rosto, seria ele sorridente? Ou pareceria preocupado, temeroso, zangado ou quem sabe assustado”?

Temos que reconhecer que vivemos dias de grande caos em nosso planeta. Existem muitas pessoas sem teto, sem trabalho, sem saúde, sem educação, sem dignidade, sendo tratadas de forma desumana. Em todo mundo mulheres e crianças têm sido violentadas sexualmente e emocionalmente. Muitas pessoas estão revirando lixos em busca de alimentos, tentando sobreviver diante de um mundo cheio de guerras.

Não podemos nos esquecer que também existem muitas pessoas lutando para melhorar o mundo, sonhando com a paz e prosperidade para todos. Contudo é necessário entendermos que sem Deus nosso planeta jamais experimentará a harmonia. A humanidade não conseguirá viver em paz enquanto não viver os princípios deixados por Deus como norma de vida.

Jesus viveu de forma plena os mandamentos de Deus e nos chama a vivê-los para que possamos transformar nosso meio. Neste estudo buscaremos ver o que Deus nos ensinou através de cada mandamento. Os 10 mandamento são princípios morais e éticos que devemos por em pratica em nossas vidas.

O PRIMEIRO MANDAMENTO
Não terás outros deuses diante de mim - Êxodo 20:3

O primeiro mandamento é uma advertência, motivada por uma preocupação profunda. Sua mensagem é: Não entregue sua lealdade e devoção a “deuses” que na realidade não são deuses. Não conceda um lugar supremo na sua vida a algo ou alguém que, no fim, só irá desapontá-lo e machucá-lo.

O antigo povo de Israel estava rodeado por nações que adoravam “outros deuses”. Esperavam que seus deuses lhe dessem boas colheitas e grandes pescarias, isto é, abundância e prosperidade. Os sacerdotes destes falsos deuses acreditavam que para se tornarem dignos do favorecimento deles valia qualquer sacrifício. Os fenícios realizavam cultos a Astarote ou Ishtar (deusa da lua) com orgias e festas regadas de bebidas. Os moabitas adoravam Quemós; e os amonitas, Moloque. Ambos exigiam sacrifícios de crianças. As pessoas praticavam coisas horríveis para obterem o favor desses deuses.

Hoje muitas pessoas ainda fazem sacrifícios para conquistar o favor de seus deuses. Infelizmente, mesmo em igrejas evangélicas, encontramos este tipo de atitude. Homens e mulheres vivem se penitenciando com jejuns, ofertas as quais não podem honrar, subindo montes, etc., pensando que dessa forma irão conquistar o favor de Deus.

Deus se agrada de sacrifícios de louvores (sejam eles jejuns, ofertas, etc.). Contudo estes sacrifícios devem nascer em corações apaixonados, que tem um único interesse, agradá-lo e não comprá-lo.

A cultura popular mudou muito desde os tempos do antigo povo de Israel. Hoje as pessoas não se inclinam mais diante de deuses de madeira, pedra e metal. Mas o dinheiro, o sexo e o poder ainda continuam ocupando o lugar central na vida de milhões. E na busca destas coisas as pessoas adoram qualquer nome e fazem qualquer coisa para obtê-las.

A solução para o mundo se encontra na moralidade. A verdadeira moralidade nasce de um coração renovado pela graça. Disse o apóstolo Paulo: “Transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2).

Paulo está falando de uma transformação que procede do interior e que se manifesta em nossa vida exterior. Somente aquele que busca o único e verdadeiro Deus poderá experimentar essa mudança radical. Por isso o primeiro mandamento nos ordena por de lado os deuses falsos e permitir que Deus seja Deus em sua vida.

Deus deve ser o primeiro em sua vida e único digno de sua adoração.

Adorar a Deus significa que não tentaremos sujeitá-lo a nossa idéias preconcebidas de como ELE é ou de como ELE deve agir. E descartaremos a idéia de podemos crer NELE só até onde pudermos compreendê-lo. Se procedermos desta maneira, estaremos limitando Deus a nossa capacidade racional e intelectual. Então, não estaremos adorando a Deus, mas algo finito, com principio e fim, criados por nós mesmos.

Isso não significa que a fé cristã não tenha lugar para a razão e não reconheça o valor da evidencia que a apóia. O conhecimento de Deus não começa com a razão humana, mas com a revelação que ELE mesmo faz a nós.

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
Pastoreia a Comunidade Batista Água Viva em Curitiba, Paraná,
é escritor cristão e autor dos Livros "O PODER PASTORAL
e "POSSO SER FELIZ SIM!" da Editora Descoberta.

Na próxima edição traremos a análise do Segundo Mandamento.