quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

OS DEZ MANDAMENTOS (PARTE 4)

O Quarto Mandamento

"Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou..."
Êxodo 20:8-11
A Bíblia diz que no principio a Terra toda estava envolta por uma escuridão impenetrável, água, ar, rochas e terra se agitavam num turbilhão caótico (Gn 1:1 e 2).

Neste primeiro capítulo do livro de Gênesis, encontramos a narração da criação. Podemos perceber que o processo da criação foi um movimento do caos, da desordem para ordem.
Também podemos ver que em cada processo criativo de Deus encontramos uma interrupção no trabalho para um momento de contemplação do criador para com o que acabara de criar (Gn 1:4,10,12,18,21). Mas é no verso 31 que Deus contempla a obra finalizada, acabada, concluída.

Está claro que o descanso do Criador nada te
m a ver com fadiga. É o descanso que vem quando a ordem toma o lugar do caos. É paz que aparece após a tormenta. Deus viu que a terra estava em repouso, tudo estava em ordem, em harmonia; e então descansou; isso não significa que Deus parou de trabalhar, de agir.

Dessa forma, num sentido profundo e significativo, o descanso no sétimo dia é um ato de adoração.

A palavra “sábado” significa, literalmente, “descanso”. Neste dia Deus descansou, isto é, ELE contemplou sua obra. Você já imaginou Deus cansado? Claro que Deus não estava cansado, mas descansado por ver tudo em ordem.

Somos convidados a descansar com ELE no sétimo dia. Convidados a parar no sétimo dia para adorá-LO e contemplar com ELE tudo o que ELE fez e faz por nós.

O sábado é uma mensagem de fé: “Confiem em Mim. Aceitem que realmente tomei providencias perfeitas”.

Mas a grande controvérsia é se devemos guardar o sábado (o sétimo dia da semana) ou o domingo como o dia do Senhor?

Na Palavra de Deus, encontramos os cristãos reunidos em adoração a Deus no domingo e neste dia também tiravam ofertas ao Senhor. Contudo a palavra mais clara sobre a necessidade ou não de se guardar o sábado é dado pelo apóstolo Paulo a igreja de Colossos (Cl 2:16 e 17). Veja o que Paulo fala a respeito daqueles que pregam a guarda da lei em 1 Tm 4:1-4.

Paulo deixa muito claro que o sábado, como os demais dias de festas, era apenas sombra de algo que havia de vir. O mesmo serve para os alimentos.

Portanto ninguém podia exigir dos gentios que guardassem o sábado ou qualquer outra lei dada por Moisés. No primeiro concilio realizado pela igreja em Jerusalém (At 15:29) ficou bem claro que os gentios deveriam apenas se abster das cousas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas.

Devemos guardar um dia de descanso, o shabat, não necessariamente o sábado, mas um dia para contemplarmos nosso Senhor e Salvador.


Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
Pastoreia a Comunidade Batista Água Viva em Curitiba, Paraná,
é escritor cristão e autor dos Livros "O PODER PASTORAL
e "POSSO SER FELIZ SIM!" da Editora Descoberta.

domingo, 18 de fevereiro de 2007

OS DEZ MANDAMENTOS (PARTE 3)

O Terceiro Mandamento

Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão – Êxodo 20:7

Loron Wade, autor do livro OS DEZ MANDAMENTOS, editado pela Casa Publicadora Brasileira, o qual estou extraindo os ensinamentos aqui publicados; ao tratar do terceiro mandamento, se prende mais a questão do batismo do que propriamente a ordem dada por Deus neste mandamento.

Entendendo que o autor procurou mostrar que o nome de Deus só deve ser usado por aqueles que se identificam com ELE por meio do batismo e desta forma confirmam sua filiação celestial.

Não posso deixar de esclarecer que o mesmo ao afirmar que “é através do batismo que adotamos esse santo nome” (cf. pg. 29), comete o erro de transferir ao simples rito do batismo uma verdade adquirida somente através da fé.

Contudo gostaria de me aprofundar nestas poucas linhas sobre o principio que está por trás deste mandamento.

A proibição foi contra o juramento falso, isto é, usar o nome de Deus para atestar uma declaração mentirosa. Também, inclui neste contexto, juramentos frívolos. Tão séria era essa ofensa que de modo algum podia ser perdoada sem punição.

Deus jamais mentirá e jamais se calará diante da injustiça. Aqueles que agem de modo indigno e usam SEU nome como forma de se manterem impunes, um dia prestarão contas a ELE. Este será um dia amargo para estas pessoas, pois diz a Palavra: “... o Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão”.

Infelizmente muitos tomam o nome do Senhor em vão. Jesus disse: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muito milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade” (Mt 7:21-22).

Se pregamos por ganância ou por interesses próprios e não simplesmente por amor a Cristo, usamos o nome de Deus em vão.

Compreenda também que a Palavra de Deus não está proibindo o uso de Seu nome em juramentos, mas adverte que aquele que o usa, não será tido por inocente ao não cumprir seu juramento.

No livro de Levítico, encontramos esta ordem de Deus da seguinte forma: “Nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus: Eu sou o Senhor” (Lv 19:12).

O nome de Jesus foi dado a você que NELE crê. Use-o! Por amor àquele que por você morreu numa cruz e que deseja que assim como você, outros conheçam o SEU amor.ompreenda também que a Palavra de Deus não está proibindo o uso de Seu nome em juramentos, mas adverte que aquele que o usa, não será tido por inocente ao não cumprir seu juramento.

No livro de Levítico, encontramos esta ordem de Deus da seguinte forma: “Nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus: Eu sou o Senhor” (Lv 19:12).

O nome de Jesus foi dado a você que NELE crê. Use-o! Por amor àquele que por você morreu numa cruz e que deseja que assim como você, outros conheçam o SEU amor.

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
Pastoreia a Comunidade Batista Água Viva em Curitiba, Paraná,
é escritor cristão e autor dos Livros "O PODER PASTORAL
e "POSSO SER FELIZ SIM!" da Editora Descoberta.


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

OS DEZ MANDAMENTOS (PARTE 2)

SEGUNDO MANDAMENTO

Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque EU sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que ME aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que ME amam e guardam os MEUS mandamentos – Êxodo 20:4-6

O rei Salomão construiu um belo templo em Jerusalém. Quando estava pronto, ele organizou uma comemoração que durou vários dias. Em meio a toda aquela euforia, contudo, ele não perdeu de vista o verdadeiro significado do evento. Durante o evento falou com Deus em oração e disse: “Eis que os céus e até o céu dos céus não TE podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei” (2 Cr 6:18).

Por que o segundo mandamento proíbe fazer ídolos ou imagens para representar Deus? Porque, em primeiro lugar, não importa quão grande os façamos ou quanto de ouro, diamantes ou outras coisas usemos para cobri-los, a única coisa que conseguimos é tornar Deus menor.
Inevitavelmente, nós O reduziremos à dimensão de um conceito meramente humano. E esse é realmente o âmago do problema. Uma imagem mental pobre acerca de Deus é o pecado fundamental que o segundo mandamento procura ajudar-nos a evitar.

Em segundo lugar, qualquer imagem que façamos representam apenas criaturas criadas por Deus. E somos ordenados por Deus a não lhes prestarmos culto, nem adorá-las.

O Salmista escreveu acerca dos ídolos: “Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem” (isto implica também aqueles que os adoram – Sl 115:8). O apóstolo Paulo observou o mesmo fenômeno em seus dias. Disse que os idólatras haviam mudado “a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis (...) pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém” (Rm 1:23,25).

Por isso, disse Paulo, “Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes” (Rm 1:28).

O segundo mandamento é o complemento perfeito do primeiro. As pessoas que tomaram a decisão de colocar a Deus no centro de sua existência não permitirão que qualquer coisa criada ocupe o lugar que pertence somente ao Criador.

Para aqueles que guardam o primeiro e o segundo mandamento, a obediência aos demais será completamente natural. Se amamos a Deus, nosso coração transbordará de amor pelas outras pessoas também.

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
Pastoreia a Comunidade Batista Água Viva em Curitiba, Paraná,
é escritor cristão e autor dos Livros "O PODER PASTORAL
e "POSSO SER FELIZ SIM!" da Editora Descoberta.
Na próxima edição traremos a análise do Terceiro Mandamento.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

OS DEZ MANDAMENTOS (PARTE 1)

Olá a todos...

Sejam bem vindos a esta parte do blog voltada para a edificação através de estudos na Palavra de Deus.

Primeiramente gostaria de dizer que a palavra e"studere", que está no endereço deste blog, é termo em latim o qual dá origem à palavra estudar em português. Pode significar, segundo definições encontradas, "aplicar à inteligencia a", "andar no saber" e, dentre outras, "aprender a conhecer-se". E é exatamente isto que desejamos nesta area de nosso blog. Apresentar estudos que venham levar você a aplicar sua inteligencia para que, no caminhar do saber, aprenda pelo conhecimento da Palavra de Jesus Cristo, a conhecer a si mesmo dentro dos planos eternos do Senhor.

Nosso primeiro estudo, apesar de estar sendo postado mim, Cleber B. Gouveia, tem como autor um de nossos colaboradores, Pr. Cornélio, e está relacionado aos 10 mandamentos. Por isto, aproveite...

ESTUDO


Recentemente ganhei um livro que trata dos 10 mandamentos dado por Deus ao seu povo através de Moisés. Gostaria de compartilhar dos ensinamentos deste livro com você.

O livro começa com a seguinte pergunta: “COMO VOCÊ DESENHARIA A FACE DO MUNDO? Se você quisesse descrever a condição do planeta através de um rosto, seria ele sorridente? Ou pareceria preocupado, temeroso, zangado ou quem sabe assustado”?

Temos que reconhecer que vivemos dias de grande caos em nosso planeta. Existem muitas pessoas sem teto, sem trabalho, sem saúde, sem educação, sem dignidade, sendo tratadas de forma desumana. Em todo mundo mulheres e crianças têm sido violentadas sexualmente e emocionalmente. Muitas pessoas estão revirando lixos em busca de alimentos, tentando sobreviver diante de um mundo cheio de guerras.

Não podemos nos esquecer que também existem muitas pessoas lutando para melhorar o mundo, sonhando com a paz e prosperidade para todos. Contudo é necessário entendermos que sem Deus nosso planeta jamais experimentará a harmonia. A humanidade não conseguirá viver em paz enquanto não viver os princípios deixados por Deus como norma de vida.

Jesus viveu de forma plena os mandamentos de Deus e nos chama a vivê-los para que possamos transformar nosso meio. Neste estudo buscaremos ver o que Deus nos ensinou através de cada mandamento. Os 10 mandamento são princípios morais e éticos que devemos por em pratica em nossas vidas.

O PRIMEIRO MANDAMENTO
Não terás outros deuses diante de mim - Êxodo 20:3

O primeiro mandamento é uma advertência, motivada por uma preocupação profunda. Sua mensagem é: Não entregue sua lealdade e devoção a “deuses” que na realidade não são deuses. Não conceda um lugar supremo na sua vida a algo ou alguém que, no fim, só irá desapontá-lo e machucá-lo.

O antigo povo de Israel estava rodeado por nações que adoravam “outros deuses”. Esperavam que seus deuses lhe dessem boas colheitas e grandes pescarias, isto é, abundância e prosperidade. Os sacerdotes destes falsos deuses acreditavam que para se tornarem dignos do favorecimento deles valia qualquer sacrifício. Os fenícios realizavam cultos a Astarote ou Ishtar (deusa da lua) com orgias e festas regadas de bebidas. Os moabitas adoravam Quemós; e os amonitas, Moloque. Ambos exigiam sacrifícios de crianças. As pessoas praticavam coisas horríveis para obterem o favor desses deuses.

Hoje muitas pessoas ainda fazem sacrifícios para conquistar o favor de seus deuses. Infelizmente, mesmo em igrejas evangélicas, encontramos este tipo de atitude. Homens e mulheres vivem se penitenciando com jejuns, ofertas as quais não podem honrar, subindo montes, etc., pensando que dessa forma irão conquistar o favor de Deus.

Deus se agrada de sacrifícios de louvores (sejam eles jejuns, ofertas, etc.). Contudo estes sacrifícios devem nascer em corações apaixonados, que tem um único interesse, agradá-lo e não comprá-lo.

A cultura popular mudou muito desde os tempos do antigo povo de Israel. Hoje as pessoas não se inclinam mais diante de deuses de madeira, pedra e metal. Mas o dinheiro, o sexo e o poder ainda continuam ocupando o lugar central na vida de milhões. E na busca destas coisas as pessoas adoram qualquer nome e fazem qualquer coisa para obtê-las.

A solução para o mundo se encontra na moralidade. A verdadeira moralidade nasce de um coração renovado pela graça. Disse o apóstolo Paulo: “Transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2).

Paulo está falando de uma transformação que procede do interior e que se manifesta em nossa vida exterior. Somente aquele que busca o único e verdadeiro Deus poderá experimentar essa mudança radical. Por isso o primeiro mandamento nos ordena por de lado os deuses falsos e permitir que Deus seja Deus em sua vida.

Deus deve ser o primeiro em sua vida e único digno de sua adoração.

Adorar a Deus significa que não tentaremos sujeitá-lo a nossa idéias preconcebidas de como ELE é ou de como ELE deve agir. E descartaremos a idéia de podemos crer NELE só até onde pudermos compreendê-lo. Se procedermos desta maneira, estaremos limitando Deus a nossa capacidade racional e intelectual. Então, não estaremos adorando a Deus, mas algo finito, com principio e fim, criados por nós mesmos.

Isso não significa que a fé cristã não tenha lugar para a razão e não reconheça o valor da evidencia que a apóia. O conhecimento de Deus não começa com a razão humana, mas com a revelação que ELE mesmo faz a nós.

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
Pastoreia a Comunidade Batista Água Viva em Curitiba, Paraná,
é escritor cristão e autor dos Livros "O PODER PASTORAL
e "POSSO SER FELIZ SIM!" da Editora Descoberta.

Na próxima edição traremos a análise do Segundo Mandamento.